Let Go!

domingo, janeiro 09, 2011

Um bom motivo de ter um blog. Ninguém le, e voce pode desabafar em momentos de desespero.
Tipo, agora.
Domingo, 2 da matina, e voce tem um trabalho pra terminar. Mas nos ultimos 3 dias sem aula voce conseguiu ficar o dia todo na cama olhando pro teto e lembrando como voce ta miserable...
E agora?
Nao eu nao consigo me concentrar.
Nao eu nao consigo nem começar o trabalho.
E o tudo indica que eu vou madrugar vendo sex and the city pra me sentir menos miserable.
O que eu queria?
Minha mae. Sinceramente, queria deitar no colo dela até durmir. E acordar novinha, com outra vibe. Sem essa vibe de inverno cu, que ainda nao foi embora nem com a temperatura tendo subido.
Vou mentalizar quinta-feira.

segunda-feira, outubro 18, 2010

Descobertas quando você mora sozinho

Você chega 9.45 da noite em casa da aula e ainda tem que cozinhar.
Beleza, que bom que sua irmã mestre-cuca te manda todas as dicas de comidinhas por email.

Aí você começa a cozinhar, e percebe que mesmo você estando com fome, ainda vai demorar uma hora pro fogão aquecer os tamborins, ou seja, nesse meio tempo, você já beliscou metade da comida semi-crua, e devorou todas as comidas rápidas que você compra pro café da manhã.

Resultado quando a sua receita de mestre cuca tá pronta, você já não tem a menor fome e tá batendo a cabeça de sono olhando pro relógio.

domingo, outubro 10, 2010

Eu amo os músicos de rua de Paris. Amo. Você pode ter um dia terrível, ter que pegar o metrô cheio de franceses fedorentos em horário de pico, mas no minuto que você ouve um tiquinho de música vindo dos corredores do metrô, é como se nada mais importasse, até mesmo se a pessoa não tocar bem!

Logo se forma uma platéia, e se você for sortudo, consegue pegar o metrô com um deles fazendo trilha sonora no caminho pra casa.

Ontem, eu e Julia fomos sortudas. Subindo as escadas pra Sacre Coeur pra festa do vinho, ouvimos um jazzinho e nos sentamos nas escadas pra assistir um trio improvisando, fazendo bagunça, tudo errado. E de repente eles começaram a tocar bossa-nova. Pronto, estávamos conquistadas. Dançamos enquanto eles tocaram, e fomos carregadas para uma festa nos subúrbios de Paris. Longe pra dedéu! Mas foi ótima, tirando o cansaço final, quase durmindo na cadeira, e voltar durmindo no metrô com medo de perder a estação.

O que ocorreu é que o guitarrista era português, por isso conseguia cantar perfeitamente em português. E é incrível como as pessoas sabem que somos brasileiras só pela forma como dançamos, e eu vou ser sincera, eu danço mal pacas. Logo colecionamos uma porrada de amigos franceses que são apaixonados pelo Brasil, alguns já tinham visitado, outros não. Experiência incrível, mas eu tenho que ser sincera, não consegui entender muito bem o que o português falava ou queria dizer, acho que os anos em Paris o fizeram acumular um sotaque parisiense, bêbado então, já era... incompreenssível.

terça-feira, outubro 05, 2010

Da série: coisas que amo em Paris

Amo andar de metrô, normalmente é o momento mais fértil do dia.
Quando tenho idéias geniais para artigos e para desenvolvimento de projetos.
É sempre a hora também que eu não tenho papel e caneta pra anotar, ou quando tenho, o trem está lotado e não o posso fazer.
Amo mesmo assim.

Da série: coisas que só acontecem em Paris

Ontem vi uma mulher trocando de roupa no metro, digo, literalmente, tudo.
E não era mendiga. E agia como se fosse normal.
Assim como todos que caminhavam em direção ao trem.
Brother, será que eu era o único ser normal naquela estação que achou aquilo fora de comum?

domingo, outubro 03, 2010

Casa nova, vida nova

E depois de duas semanas aqui, eu de fato me mudei pra Paris.
Agora sim, cheguei.
O joelho melhorou, me mudei pra minha casa, que com o tempo eu transformarei em lar, agora eu tenho o meu canto.

A merda de morar sozinha é que você se dá conta o quanto dá trabalho cuidar de uma casa.
Hoje por exemplo, primeira vez que fez sol em mais de uma semana, calorzinho de 20graus a média, eu acordo e não posso ir lá no chateau de versailles, porque eu tenho que lavar a louça, a roupa, limpar a cozinha, varrer o chão, fazer o mercado, contabilidade porque virou o mês, e aí fudeu, 5 horas da tarde e já não dá nem pra ir a praça tomar solzinho com os soldadinhos.

Depois eu conto o resto. A história é longa...

Mas Parrííííííííí é tudo que sonhei, e um pouco mais. E isso basta.

quarta-feira, outubro 01, 2008

Eu sou o fogo, o girassol, a parede que reflete a luz que entra no quarto vazio. Sou a lâmpada que acende, o sol no horário da meia-noite. Sou obra de Renoir, características de Amélie. Sou uma montanha russa de sentimentos, uma tempestade. Sou as cores que não fazem parte do arco íris, únicas, originais, sou Flicts. Sou um sorriso no rosto do outro, um brilho no olhar de alegria. Sou a Cinderela imperfeita que tropeça no vestido e cai. Sou cheia de graça com tempero de cravo e canela. Sou Vivaldi pela manhã, Mozart do desenho animado. Sou Lispector ou Averbuck. Sou Neoconcretismo aos quinze anos, sou a solidão dentro da sala do MAM. Sou Kahlo quando escrevo esse texto, tentando descobrir meu próprio enigma. Sou a unha do pé pintada de rosa escondida dentro do tênis pela meia de criança de cinco anos. Sou a marinheira loira ou a tartaruga no sol. Sou um origami com diversas dobraduras ou as fitas enlaçadas no cabelo. Sou o coelho que amarra tênis, o sapo no bloco de carnaval falido, a borboleta caçando leão, a coroa de princesa desritmada. Sou cenoura de aperitivo, goiabada para alguns, chuchu para outros. Sou uma pessoa dividida por mil, a poesia do céu estrelado, saumesch à distância com toque de drama e pimenta. Sou bolsa ao contrário, pulga com mel, quase um conto de fadas com finais distorcidos. Sou dadá, kleine schwester ou trapinho do dia das bruxas. Sou fala em um filme mudo ou gestos do expressionismo abstrato. Sou signo, significante e significado. Sou redbull com vodka junto da música que você esperou sua vida inteira para dançar, posso ser o globo do teto. Sou o sublime de Kant ou o inesquecível de Platão. Sou leão de Caetano, a morena do Camelo, ou a canção de infância de ninar. Sou cores sem nome da Calcanhoto que fazem diferença na vida de alguns como na revelação dos filmes fotográficos. Sou o texto sem parágrafo, a frase sem pontuação...Sou além da palavra ou do que qualquer um possa entender. Não sou muito, nem pouco, não sou quase nada, apenas Gab.

sábado, agosto 16, 2008

butterflies in my stomach again...